Pacientes lúpicos com definida fotossensibilidade receberão protetor solar na Rede Municipal de Saúde
Cerca de 1.000 pessoas, pertencentes ao público alvo da iniciativa receberão mensalmente o fotoprotetor
A Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciou a entrega de protetor solar na rede pública de saúde, para pacientes lúpicos com definida fotossensibilidade. O início da atividade foi acompanhada pela titular da SMS, Joana Maciel e pela Presidente da Sociedade Cearense de Reumatologia, Niedja Bezerra Frota.
Cerca de 1.000 pessoas, pertencentes ao público alvo da iniciativa, que realizam tratamento nas unidades de saúde Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital Geral Dr. César Cals, Hospital Infantil Albert Sabin e Hospital Universitário Walter Cantídio receberão mensalmente um frasco de protetor solar com fator de proteção 30.
Os fotoprotetores, adquiridos pela PMF, serão entregues nas 15 Farmácias Polos, unidades de referência responsáveis pela dispensação de medicamentos especializados. Para obter, o paciente deve levar prescrição médica, o comprovante de endereço e documento original com foto.
“A Sociedade Cearense de Reumatologia tem um pleito antigo que é disponibilizar para pacientes portadores de lúpus o protetor solar, pois mesmo quando o paciente atinge a remissão, que é o controle total da doença, ele precisa ter a proteção solar porque os raios UVB e UVA e a iluminação de ambientes internos podem desencadear um processo inflamatório autoimune e fazer com que a doença entre em atividade. Por isso, estamos muito felizes com esta possibilidade do paciente lúpus ter o protetor solar entregue pela Prefeitura de Fortaleza”, afirma Niedja Bezerra.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença de caráter sistêmica, caracterizada pela produção de imunocomplexos e autoanticorpos que geram processo inflamatório crônico, podendo afetar a pele, sistema nervoso e rins. Ele pode acarretar lesões na pele, gerando danos ao paciente, quando isso ocorre, geralmente, está atrelado a fotossensibilidade, reação cutânea atípica, decorrente da exposição à radiação, seja ela solar (raios UV) ou a luz artificial. No Brasil, a incidência estimada de LES está em torno de 8,7 casos para cada 100.000 pessoas por ano.