Número de mulheres que investem na bolsa de valores é o maior da história
Segundo dados da B3, elas correspondem a 25,42% do total de investidores cadastrados no setor
Ao longo da História, as mulheres continuam buscando espaço no mercado de trabalho e estão cada vez mais ocupando ambientes até então preenchidos majoritariamente por homens. Seja empreendendo nos mais diferentes nichos ou em meio à ações, cotações diárias e índices, a presença delas é expressiva, apesar do sexismo ainda latente. No último dia 19 de novembro, foi comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino e a data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), busca valorizar a entrada feminina no mundo dos negócios.
De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Sebrae, mais de 24 milhões de mulheres empreendem no Brasil, sendo que 44% delas iniciaram seus negócios por necessidade. Isso, alavancado pela crise do coronavírus, impulsionou também a participação na Bolsa de Valores [B3]. Segundo a B3, foram registradas 3.065.775 contas abertas, ao mesmo tempo que o número de CPFs cadastrados teve um crescimento de 82,37% em relação a 2019. Destes, 779.378 são de brasileiras atuantes no setor, o que corresponde a 25,42% do total de investidores cadastrados, o maior percentual da história no país.
“O principal fator é a questão econômica e os níveis de acesso à informação. Isso proporciona educação financeira quando elas se reinventam diante da crise. A poupança, por exemplo, mostra-se um investimento de baixo retorno e está à mercê dos juros Selic, atualmente fixados em 2%. Isso fez com que as mulheres buscassem alternativas no aumento de rentabilidade”, avalia Erica Cavalcante, CEO e idealizadora da Rica Investimentos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ainda recebem 20,5% menos que os homens e dedicam oito horas a mais nos afazeres da casa, mesmo tendo um nível maior de escolaridade. Se ampliarmos a análise ainda por cor ou raça, observa-se que é feito mais por mulheres negras (39,6%) e pardas (39,3%), do que por brancas (33,5%).
Perfil da mulher investidora
A CFO, do inglês, Chief Financial Officer, que significa cargo de Direção Financeira, do Beach Park, Luiza Alyne Menezes, relembra os primeiros passos no mundo dos investimentos e diz ter começado com ativos de baixo risco. “Como a grande maioria iniciei por Fundos de Investimento de Renda Fixa, depois me aventurei pelas Letras de Crédito”, pontua. Hoje, ela é investidora, estudiosa do mercado. “Minha experiência vai além da posição de investidora como pessoa física ou emissora como pessoa jurídica, também sou facilitadora habilitada pela Cidadania Financeira do BACEN e o foco dessa formação foi divulgar a educação financeira, e investimentos é o módulo mais desafiador num país onde administrar recursos pessoais ainda se faz olhando extrato do banco”, pontua.
Observar o papel da mulher no setor é observar também divergências sociais em um país desigual. Assim, elas buscam autonomia e protagonismo, como o caso da Luiza Trajano, dona Magazine Luiza, uma das maiores varejistas do país. Investir, entretanto, não se trata apenas de volume de ações ou um grande capital.
“Já estou há mais de 20 anos na área de Finanças Corporativa e enfrentei muitos cenários econômicos e desafios financeiros. Porém, o mais desafiador foi buscar o equilíbrio da posição de ser uma executiva com o ser feminina. De uns anos para cá a mulher tem descoberto que não precisa se encaixar no velho estereótipo de não poder aparentar ser mulher, controverso, mas em poucas linhas o desafio de explicar fica maior”, explica Alyne Menezes. E ela finaliza: “Acho que nos últimos anos os números e os resultados de empresas geridas por mulheres já falam por sim”.
Segundo Érica Cavalcante, corretoras estão abrindo seu portfólio para todos os tipos de investidores. “Hoje, oferecemos diversas opçõe de investimento. Como os CDBs, que são os Certificado de Depósito Bancário, os CDIs, Certificado de Depósito Interbancário, Fundos Imobiliários e de Investimentos, o Tesouro Direto, entre outros”, ressalta a adviser do escritório.
Onde realizar investimentos?
A Rica Investimentos é um escritório de Agentes Autônomos de Investimentos contratado pela Ágora CTVM, autorizado pela CVM e Ancord e constituído por constituido pela IN CVM 497/11. A empresa atua na distribuição e intermediação de ativos e valores mobiliários e oferece produtos e serviços para investidores e empresas. O escritório está localizado na rua Monsenhor Bruno, 1153 – 1516 , no bairro Aldeota, em Fortaleza.
SERVIÇO
Rica Investimentos
Local: R. Monsenhor Bruno, 1153 – 1516 – Aldeota, Fortaleza
Telefone: (85) 3771 4555 / (85) 99925 0287
Outras informações no site: ricainvestimentos.com.br