Pesquisa aponta redução do pessimismo com o cenário econômico nacional
O avanço da vacinação, no mundo e no Brasil, e a retomada das atividades econômicas contribuíram para a melhora nas expectativas.
Os economistas estão menos pessimistas em relação ao quadro econômico nacional. É o que revela a quadragésima terceira edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), referente aos meses de maio e junho. De acordo com o levantamento, o número de variáveis analisadas com pessimismo foi menor que o da pesquisa anterior, seis. A pesquisa é realizada em parceria entre a Fecomércio-CE e o Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce).
Os índices de percepção geral (77,3 pontos) e futuro (97,5 pontos) apresentaram redução no pessimismo, enquanto o índice de percepção presente (62,7 pontos) registrou aumento no pessimismo. O avanço da vacinação, no mundo e no Brasil, e a retomada das atividades econômicas contribuíram para a melhora nas expectativas.
Além disso, três variáveis foram analisadas com otimismo: cenário internacional (144,4 pontos); evolução do PIB (120,7 pontos) e oferta de crédito (105,2 pontos).
O número de variáveis percebidas com pessimismo foi inferior ao da pesquisa anterior, totalizando seis: nível de emprego (90,5 pontos); taxa de câmbio (85,3 pontos); gastos públicos (49,1 pontos); taxa de inflação (41,4 pontos); salários reais (37,9 pontos) e taxa de juros (21,1 pontos), que atingiu a menor pontuação.
A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral.
Considerando a soma das variáveis, o índice de percepção geral passou de 73,5 pontos para 77,3 pontos, uma redução de 5,2% no pessimismo em relação à pesquisa anterior. Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa revela uma melhora nas expectativas, registrando uma queda no pessimismo de 26,1%, com o índice alcançando 97,5 pontos. Vale destacar ainda que a percepção sobre o desempenho presente apresentou elevação no pessimismo, de 9,9%, alcançando 62,7 pontos.
As expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.
A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período maio-junho as expectativas de 122 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.