Assistentes Sociais de Fortaleza reivindicam retorno da gratificação de plantão
Profissionais seguem trabalhando em regime de plantão sem receber benefício retirado desde 2019
Mesmo trabalhando em regime de plantão, parte dos(as) assistentes sociais do município de Fortaleza seguem sem receber a gratificação pelo serviço prestado. Sem o benefício, os profissionais com carga horária de 180 horas tiveram reduções significativas em seus contracheques, uma vez que a gratificação correspondia a 60% do salário base da categoria.
O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) vem reivindicando o retorno do benefício desde o início de 2019, mas até o momento não houve qualquer definição por parte da prefeitura, que alega que a categoria não tem direito à gratificação. Mais recente, no dia 7 de abril, a entidade encaminhou ofício à Prefeitura para solicitar uma reunião com o prefeito Roberto Cláudio para tratar sobre a pauta, mas até agora não houve resposta.
“As intervenções do serviço social junto aos que procuram atendimento faz toda diferença no fluxo hospitalar, em especial neste momento de pandemia de Covid-10. Para além da superlotação das unidades de saúde, existe o medo da população e a ausência de visitas a pacientes suspeitos, restando apenas o elo mantido por meio do serviço social”, aponta Ana Miranda, diretora do Sindifort.
A lei que institui o pagamento da gratificação de plantão para os servidores de saúde, incluindo os(as) assistentes sociais, é de 1991. Entretanto, de acordo com a Ana Miranda, a retirada da gratificação aos assistentes sociais se deu de forma unilateral, sem oportunidade de construção de saída para o problema alegado pela administração. “Não podemos admitir que a Prefeitura feche os olhos para estes trabalhadores, sobretudo enquanto durar a pandemia de Covid-19 em nossa cidade”.