Nutricionista explica as consequências de uma dieta restritiva
Classificada como uma alimentação limitada, a dieta restritiva é responsável por cortar calorias e grupos de alimentos que fornecem nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo como carboidratos, gorduras e proteínas, como explica a nutricionista Daniela Vieira, professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Fametro (Unifametro). “São exemplos de dietas restritivas: dieta da sopa, dieta da lua, dieta Dukan, dieta do Dr. Atkins e as mais recentes, como a low carb e jejum intermitente”, destaca.
De acordo com Daniela, acredita-se que as dietas restritivas são uma forma de perder peso rapidamente. “No início, até ocorre uma perda de peso, porém não de forma saudável. É importante destacar que perder peso é diferente de emagrecer. A redução do número na balança que se observa no começo da dieta restritiva corresponde, em grande parte, a perda de água e massa muscular (músculos). Emagrecer, na realidade, significa reduzir a gordura corporal, o que é limitado nas dietas restritivas e a um preço muito alto”, explica a profissional.
Para a nutricionista, as dietas restritivas engordam a médio e longo prazo. “Para manter o corpo funcionando, o cérebro aciona mecanismos de adaptação como o aumento do apetite (que se mantém elevado por, pelo menos, um ano após o fim da dieta restritiva) e a redução do metabolismo (diminui o gasto de energia do corpo) que propiciam o reganho do peso. Após um período de restrição alimentar, surge a tristeza e frustração por estar na monotonia alimentar, não poder comer determinados alimentos, evitar sair para lugares que tenham comida e o indivíduo passa a isolar-se comprometendo sua vida social. Já com o aumento do apetite também ocorre o desejo por alimentos considerados proibidos. Ao ter contato com esses alimentos, acontece então o exagero alimentar seguido da culpa por ter “quebrado” a dieta. O reganho de peso ocorre e com ele a baixa autoestima e a insatisfação com o corpo, o que vai dar início a uma nova tentativa de dieta restritiva. A cada nova dieta fica ainda mais difícil a perda de peso e mais fácil o reganho. Esse ciclo vicioso além de desregular o apetite, desconecta o indivíduo dos sinais de fome e saciedade do corpo e fará com que a pessoa tenha uma relação mais emocional com os alimentos, na qual tudo será motivo para comer”, esclarece Daniela.
“A restrição de alimentos ou grupos alimentares pode ocasionar irritabilidade, dores de cabeça, cansaço, fraqueza, tontura e dificuldade para dormir. Além disso, a deficiência de nutrientes pode acarretar queda de cabelo, unhas frágeis e pele ressecada, hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue), anemia, alterações do ciclo menstrual, diminuição da pressão arterial e frequência cardíaca. Associado a isso, elas causam baixa autoestima, aumentam a ansiedade e depressão, intensificam o desejo por doces, causam o efeito sanfona e elevam o risco de compulsão alimentar e transtornos alimentares (TAs)”, finaliza Daniela.
Sobre o curso de Nutrição da Unifametro
Com nota 5 na avaliação do MEC (de 1 a 5), o curso é ofertado no campus de Fortaleza (Aldeota e Centro). A estrutura curricular da graduação em Nutrição da Unifametro objetiva proporcionar formação de um profissional generalista, com conhecimento e competência técnica, e atuação ética e humanizada, com capacidade de intervenção no mercado de trabalho nas diversas áreas da nutrição e alimentação. O curso é ofertado na modalidade presencial, nos turnos manhã e noite, e tem duração de 8 semestres. Saiba mais em: http://www.unifametro.edu.br/graduacao/nutricao/