Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresenta nova curadora do Cinema do Dragão

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresenta nova curadora do Cinema do Dragão

 O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura informa que Pedro Azevedo Moreira, que durante quase nove anos esteve à frente do Cinema do Dragão, como curador e programador, deixa o cargo nesta quarta-feira (16) para assumir novo compromisso profissional. No último dia 18 de fevereiro, o Instituto Dragão do Mar, organização social que gere o Cinema em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), lançou um processo seletivo para a ocupação da vaga.

Após a análise dos currículos e cartas de intenção, seguida de entrevistas, a comissão de seleção, integrada pela diretora de formação e criação do IDM e da Escola Porto Iracema das Artes, além de coordenadora do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza, Bete Jaguaribe; a superintendente do CDMAC, Natasha Faria; e o curador e crítico Pedro Azevedo; anuncia a escolha de Kênia Freitas para o cargo.     

Kênia Freitas é curadora, crítica e professora de cinema, com pesquisa ou sobre Afrofuturismo e o Cinema Negro. Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Fez estágios de pós-doutorado em Comunicação na Universidade Católica de Brasília – UCB – e na Universidade Estadual Paulista – Unesp-Bauru. Desde 2015, realizou a curadoria de diversas mostras e festivais de cinema, como: “Cines Afro-Femininos: Reimaginando Mundos” (6ª Muestra Afro/Cinemateca de Bogotá/Colômbia), “Mostra Afrofuturismo” (Centro Cultural São Paulo), Mostra Especial “Nós somos a guerra” (20ª Goiânia Mostra Curtas). Integrou as equipes curatoriais do IX CachoeiraDoc (2020) e Festival de Cinema de Vitória (2018). Realizou diversas palestras, oficinas e minicursos sobre Cinema Negro Especulativo e Crítica de Cinema. Escreve para o site de cinema Multiplot! desde 2012. Integra o Forúm Itinerante de Cinema Negro – FICINE.

Segundo Azevedo, a experiência de Freitas como curadora e pesquisadora será fundamental para viabilizar cada vez mais a formação de plateias e a aproximação do Cinema de grupos não hegemônicos. “O percurso iniciado no Cinema do Dragão ao longo desses anos nos permitiu amadurecer uma identidade, um trabalho muito firme que faz desta a única sala de Fortaleza com esse perfil essencialmente independente, e estamos seguros de ter encontrado uma profissional a quem podemos confiar esse projeto de expansão”, afirma o crítico.

“A proposta é dar continuidade a esse lugar de referência que o Cinema do Dragão já ocupa, como essa sala exibidora do circuito de arte independente e formativo que está próximo aos produtores e às distribuidoras locais, sempre como espaço aberto. Todo esse processo que já vinha sendo desenvolvido será preservado, ao mesmo tempo em que a ideia é explorar possibilidades de ampliação e de caminhos que podem se abrir em virtude de outras trajetórias pessoais minhas, como o cinema negro e o cinema de mulheres, que já integravam a programação, mas que talvez a minha trajetória acadêmica nessa área possa ajudar a ampliar”, afirma Freitas.

Suyane Costa