Acesu e Abrappe realizam maior Fórum de Prevenção de Perdas do Norte e Nordeste, em Fortaleza
A pauta prevenção de perdas tem ganhado relevância entre as médias e grandes redes e está se tornando estratégica junto aos varejistas
Na próxima quinta-feira (15), Fortaleza sedia o segundo Fórum de Prevenção de Perdas, organizado pelo Comitê de Prevenção de Perdas da Associação Cearense de Supermercados (Acesu) em conjunto com a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe). Este é o maior fórum de perdas no varejo do Norte e Nordeste do Brasil, e ocorre no Teatro RioMar Fortaleza.
Será um dia repleto de palestras e apresentações de cases, que começa às 8h30 com a abertura oficial com Nidovando Pinheiro e Antônio Andrade, respectivamente, presidente e coordenador de prevenção de perdas da Acesu, e Márcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Ainda pela manhã estão previstas as palestras “Monitoramento Inteligente com Operadores Inteligentes” (Alberto Pinheiro e Mouhamad Almahamoud), “Economia Circular: Reduzir, Reutilizar e Reciclar” (Gisele Barbin), “Estratégia para Prevenção de Perdas no FLV” (Edson Trebeschi) e “Auditoria Digital como Instrumento de Prevenção de Perdas” (Francélio Cavalcante).
A série de palestras continua a partir das 13h40. À exceção do tema “A Importância da Auditoria Fiscal e Controle de Estoque nos Supermercados e seu Reflexo no ICMS e Imposto de Renda” (Marcos Henrique), todos os demais serão apresentados por conselheiros e o presidente da Abrappe: “Gerenciamento de Riscos e a Importância da Segurança Humanizada no Varejo” (Jerome Mairet e Elizeu Lucena – ambos do Carrefour), “Minimizar Desvios e Fraudes Internas nas Lojas” (Fernando Alves, da Farmácia Pague Menos) e “Perda Ampliada” (Carlos Eduardo Santos).
A pauta prevenção de perdas tem ganhado relevância entre as médias e grandes redes e está se tornando estratégica junto aos varejistas. Prova disso é que, como aponta a 5ª Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro realizada pela Abrappe em parceria com a KPMG em 12 segmentos, 40,44% da área de prevenção de perdas já responde à diretoria. Em outros 14,71% o tema é tratado com a presidência. “É necessário destacar que a área deve atuar unindo forças com toda a organização (compras, produção, estoques, distribuição e vendas), identificando oportunidades de melhoria e, principalmente, apresentando à gestão sugestões de planos de ação”, diz Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
Supermercados com maiores perdas – Na comparação dos 12 setores pesquisados pela Abrappe, o de supermercados, com 2,15%, é, de longe, aquele com os maiores índices de perdas do varejo. Desse total, 1,43% são oriundas de quebras operacionais e 0,72% de perdas desconhecidas, especialmente furtos. As quebras operacionais geradas por produtos sem condição de vendas por vencimento, perecibilidade e desperdício de alimentos, além de erros operacionais na gestão de estoques, continuam sendo as principais causas das perdas no setor (66,51%).
Pelo terceiro ano consecutivo, o índice geral de perdas caiu no varejo brasileiro, para 1,21%, totalizando pouco mais de R$ 24 bilhões, como aponta a Abrappe. Em 2020 ele havia sido de 1,33%, com perdas que somavam R$ 23,26 bi. Um ano antes, a média foi de 1,36%. O valor de R$ 24 bi em perdas representa o percentual de 1,21% sobre as vendas líquidas do varejo ampliado em 2021, que foi de R$ 1.990 trilhão, segundo o IBGE.
O Comitê de Prevenção de Perdas da Acesu completa em outubro um ano de fundação. O grupo, sob o comando de Antônio Andrade, coordenador da Regional da Abrappe no Ceará, foi criado em razão da necessidade crescente de atenção com essa área que gera tanto impacto nos negócios. Além de empresas do varejo alimentar, fazem parte do comitê companhias de informática, farmácia, segurança privada e lojas de departamento.