Coopanest-CE montou equipes de anestesistas para hospitais em todo o Ceará durante a pandemia
A pandemia da Covid-19 mudou a realidade das pessoas em todo o mundo. Nos hospitais, não foi diferente: os profissionais da saúde que estiveram na linha de frente contra a doença precisaram estar mais preparados para assumir novas funções. A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest-CE) registrou a atuação dos seus cooperados em diversos hospitais da linha de frente contra o novo coronavírus com anestesistas que atuaram nos times de resposta rápida de intubações, além da atuação em UTIs Covid.
De acordo com a presidente da Coopanest-CE, dra. Vládia Freitas, a cooperativa assessorou hospitais privados e públicos na montagem de equipes de anestesistas. “Atuamos em todo o Ceará, onde a cooperativa foi solicitada, mandamos equipe. Apoiamos vários hospitais como Leonardo da Vinci, Hospital de Messejana, IJF, entre outros. Eles nos pediam um time de médicos, e nós já enviávamos”, explica a presidente da Coopanest.
“Fomos convocados porque os pacientes chegavam oxigenando muito mal, sentindo muita falta de ar, e isso exigia uma entubação veloz, muito difícil. Na rotina normal como anestesista, temos 3 a 5 minutos para intubar. Para pacientes da Covid-19, temos 40 segundos”, explica o dr. Plínio Holanda. O médico explica, ainda, que para a intubação orotraqueal, os anestesistas têm uma experiência maior, e conseguem realizar o procedimento de forma mais assertiva.
Para a dra. Riane Azevedo, que também atuou na linha de frente em um hospital de Fortaleza, o novo cenário foi inovador para todos, e o que mais a surpreendeu como anestesista foi descobrir a multiplicidade do trabalho. “Além da intubação, também ajudamos no transporte dos pacientes para realizar exames, nos acessos venosos, e trabalhamos em conjunto com fisioterapeutas para proporcionar um resultado seguro e eficaz para todos os pacientes”, destaca a dra. Riane.
Em função do esgotamento dos leitos de UTI, muitos pacientes foram intubados com respiradores de anestesia, diferentes dos utilizados normalmente, outro motivo que exigia um profissional que soubesse manusear o equipamento.
Papel junto aos cooperados
O dr. Plínio explica que, por atuar de forma multidisciplinar em diversos hospitais, o intermédio da Coopanest se tornou essencial. A cooperativa já tinha convênio com muitos hospitais e foi o órgão que intermediou o contrato entre profissionais e as organizações que pagavam. “Eu dei plantão no time de resposta rápida de um hospital público, em Fortaleza, e quem fez a intermediação foi a Coopanest. Sem ela, seria complicado, porque receberíamos o pagamento diretamente do hospital, um processo mais burocrático. Com a cooperativa, se torna mais seguro”, revela o dr. Plínio Holanda.