Especialista explica como identificar dificuldade ou transtorno de aprendizagem em crianças

Especialista explica como identificar dificuldade ou transtorno de aprendizagem em crianças

No desenvolvimento das atividades escolares, muitas crianças podem apresentar dificuldades na prática de alguns exercícios ou até na absorção dos conteúdos. Essas percepções preocupam os pais pela possibilidade de problemas mais sérios, como o transtorno de aprendizagem. A pedagoga Angelina Silva, professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Fametro (Unifametro), explica possíveis formas de identificar as complicações nos pequenos.

Segundo Angelina, a dificuldade de aprendizagem geralmente é ocasionada por fatores externos como metodologia inadequada, conflitos familiares, mudanças frequentes de escola, diferenças socioeconômicas e/ou culturais, bullying, troca de professores, separação dos pais, problemas de saúde e outros. Já o transtorno de aprendizagem está relacionado a um padrão de dificuldade de origem neurobiológica, como epilepsia ou paralisia cerebral, e também decorrente de deficiências intelectual, auditiva, visual ou física, acarretando dificuldades na assimilação de conteúdos referentes a escrita, leitura e capacidades matemáticas. 

“As dificuldades de aprendizagem exigem um olhar flexível de pais e professores sobre a criança para serem identificadas, já que cada um tem sua especificidade e forma de aprender”, defende a profissional. Alguns sinais são perceptíveis, como a falta de atenção e interesse do aluno; adversidades em aprender cores, formas, letras e números; baixo rendimento escolar; problemas na coordenação motora e organização de ideias; indisciplina; atrasos na alfabetização; baixa autoestima; comportamento agitado; dificuldades em raciocínio lógico e operações matemáticas, e outros.

Já no caso das dificuldades associadas a transtornos de aprendizagem, segundo a pedagoga, as mais comuns são a Dislexia (dificuldade em leitura e escrita), Discalculia (dificuldades para contar e lembrar fatos numéricos), Disgrafia (dificuldade na escrita), Disortografia (dificuldades na ortografia) e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Para minimizar o impacto dos transtornos na educação das crianças, Angelina recomenda que os pais devem acolher e dialogar com os filhos, criar rotinas de estudos em ambientes  confortáveis que favoreçam a aprendizagem, além de manter parceria com professores e, quando necessário, procurar ajuda especializada. “O professor deve compreender cada aluno de acordo com suas especificidades, criar metodologias e estratégias de ensino (aulas lúdicas, jogos pedagógicos) que estimulem e favoreçam a aprendizagem de todos. Com essas ações, as crianças ficam mais amparadas para enfrentar essas dificuldades”, finaliza.

Suyane Costa