Tetracampeão mundial, o cearense Carlos Mário, o ‘Bebê’, vence Campeonato Brasileiro de Kitesurf pela sexta vez
Em 2022, além de hexacampeão, o atleta foi o terceiro melhor do mundo no esporte
Um cearense carrega o status de ser um dos melhores atletas do mundo no kitesurf. Carlos Mário, mais conhecido como “Bebê”, sagrou-se hexacampeão nacional após vencer mais uma etapa do Campeonato Brasileiro da modalidade, no último fim de semana (19 e 20/11), disputada na Praia do Cumbuco, no Ceará. Ele venceu na categoria freestyle e levou mais um título para casa pela sexta vez.
Além de hexacampeão brasileiro, “Bebê” também já coleciona quatro títulos mundiais na modalidade, em 2015, 2016, 2017 e 2018. Em 2022 ele voltou ao pódio, sendo o terceiro melhor do mundo.
Além do hexacampeonato brasileiro, Carlos Mário ainda comemorou outros grandes feitos em 2022. Consagrado mundialmente, ele também venceu o Campeonato Sul-Americano de kitesurf, consolidado como melhor atleta do continente, além de ganhar a Copa Kitley. Os dois campeonatos foram disputados na Praia da Taíba,no Ceará, também neste fim de semana.
Não é só pelos títulos que “Bebê” é reconhecido, ele também é renomado pelos seus grandes feitos além dos troféus. Pioneiro ao realizar uma manobra chamada triple handle pass, ele também foi o primeiro kitesurfista do mundo a alcançar nota 10 na competição de freestyle, fazendo isso duas vezes em um mesmo evento.
Carlos Mário é embaixador da Kite Trip LPD e atualmente também faz parte do casting esportivo da D&E Entretenimento, conhecida por ser uma das maiores produtoras de eventos e gerenciadora de carreiras do país. Sempre forte no meio artístico, ela também tem investido bastante no esporte.
Carlos Mário Bebê
O kitesurf já faz parte da vida de Carlos Mário desde a sua infância. O seu tio aprendeu o esporte com estrangeiros e passou tudo para ele quando “Bebê” ainda era uma criança, com apenas oito anos. Nascido em uma família de pescadores e com uma origem muito humilde, ele sempre fazia seus treinos na Lagoa do Cauípe, onde cresceu.
Como todo esporte, o kitesurf também tinha custos e “Bebê” não tinha condições de arcar com todos eles, pegando emprestado material e equipamentos de turistas que visitavam a praia e ficavam impressionados com o seu talento. Aos 15 anos, sete após ter começado a aprender, foi o único brasileiro a vencer no Campeonato Mundial, na Argentina, evento que o lançou definitivamente para o esporte, fazendo com que ele começasse a escrever uma grande história como profissional.