Coronavírus: indústrias de alimentos adaptam rotina e se reinventam durante pandemia

Coronavírus: indústrias de alimentos adaptam rotina e se reinventam durante pandemia

Dentre as medidas, foram adotados turnos inteligentes de trabalho e testagem de temperatura nos colaboradores  
Caracterizado como atividade essencial, o setor alimentício cearense teve que adotar medidas sanitárias ainda mais rigorosas para seguir com a produção e dar conta da alta demanda de mercado. Por conta das recomendações de proteção estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Governo Estadual, as indústrias de alimentos tiveram que adotar dentre as medidas protetivas turnos inteligentes de trabalho para que o tráfego de colaboradores não coincida com os horários de pico dos transportes públicos, testagem de temperatura e o uso constante de equipamentos de proteção individual.

O setor segue orientações do protocolo formulado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), que determina: o suprimento, estoque, uso e descarte de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); campanhas de conscientização e cartilhas de capacitação dos trabalhadores sobre higiene pessoal, medidas de prevenção da contaminação e direitos e deveres dos trabalhadores; treinamentos de funcionários prioritariamente por meio EAD ou respeitando a distância mínima recomendada; monitorar diariamente, no início do turno de trabalho, todos os funcionários e terceirizados quanto aos sintomas da COVID-19 e entrevista sobre a ocorrência de sintomas nos colaboradores.

O protocolo define ainda ações diferenciadas para cada segmento. O presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará (Sindialimentos), André Siqueira, comenta que, “atuamos, principalmente, na conscientização dos nossos associados para seguir com rigor as normas estabelecidas. A reinvenção do mercado alimentício durante a pandemia foi e é essencial para garantirmos a qualidade na produção e a segurança de cada colaborador.”

Pensando nisso, a Frutã, indústria filiada ao Sindialimentos, que atua na produção de polpas pasteurizadas, passou a adotar as seguintes medidas dentro do local de trabalho: triagem na entrada da fábrica com medição de temperatura, oxímetro e questionamentos diários; entrada de veículos na indústria apenas para serviços essenciais e somente após passar por higienização; higienização de todos os setores da indústria pelo menos 3 vezes ao dia; pulverização com ácido peracético em todo o ambiente após o expediente. Também como forma de prevenção, os escritórios foram ampliados para manter o distanciamento, além da disponibilização de álcool em gel em todos os setores.  

“A área industrial conta com cerca de 70 colaboradores. Passamos a adotar também a comunicação de setores por whatsapp e reuniões através de conferências, além da disponibilização de psicóloga para casos de colaboradores que estão afetados emocionalmente pela pandemia”, afirma a proprietária da Frutã, Ana Patrícia Diógenes.

Suyane Costa