Quase 60% dos brasileiros relatam ter sintomas de ansiedade durante a pandemia, revela pesquisa
O estudo mostra também que cerca de 30% dos participantes dizem ter desenvolvido características depressivas. Coordenadora da pesquisa é convidada do seminário “O Futuro da Saúde: Ciência e Tecnologia como estratégias de desenvolvimento”
Em pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress, 57% dos entrevistados relataram ter sintomas de ansiedade e 27% apresentaram sintomas depressivos durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa envolveu 3,5 mil entrevistados de todo o país, coletados de forma online através de formulários. O resultado foi divulgado pela diretora do instituto e psicóloga, Marilda Novaes Lipp, que participa Seminário online “O Futuro da Saúde: Ciência e Tecnologia como estratégias de desenvolvimento”, que acontece nesta terça e quarta-feira, 18 e 19 de agosto.
Membro da Academia Paulista de Psicologia e PhD em Psicologia pela George Washington University, Marilda Novaes Lipp avalia impactos que o momento atual tem para saúde mental. “A situação é tão grave em termos de isolamento social, de medo, que tudo isso se transformou num grande fator de estresse. É como se tivesse acordado algumas patologias já geneticamente programadas para cada indivíduo”, explica a profissional que atua em centro pioneiro no Brasil. “Então, quem tem tendência a ter depressão, mas talvez nunca tivesse na vida sem um estresse tão grande como no momento, essa depressão começa a se tornar visível”, detalha a psicóloga. Em sondagem semelhante realizada em 2017 pelo centro pioneiro no Brasil, esses índices foram 12% e 10%, respectivamente.
Inscrições abertas
O seminário é promovido pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Ceará (Sindessec) e tem apoio da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess) e conta com painelistas renomados no país inteiro. Entre temas abordados estão empreendedorismo, desenvolvimento de vacinas e medicamentos de combate ao coronavírus e soluções em saúde.
“O evento já despertou o interesse de cerca de 600 inscritos, pois debater conjuntamente soluções para o futuro da saúde torna-se ainda mais relevante durante esse momento de pandemia que atravessamos”, diz Aramicy Pinto, presidente do Sindessec. Ele media o painel de abertura nesta terça-feira, com a secretária municipal de Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, e o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto (Cabeto) Martins Rodrigues.
Entre outros participantes confirmados estão: Adelvânio Morato, presidente da Federação Brasileira de Hospitais; Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Carlile Lavor, coordenador geral da Fiocruz no Ceará; Flávio Clemente Deulefeu, diretor presidente do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH); Rogério Scarabel, diretor presidente Substituto na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); e Odorico Moraes, médico oncologista e coordenador do Núcleo de Pesquisas e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC.
Serviço: O Futuro da Saúde – Ciência e Tecnologia como Estratégias de Desenvolvimento
Dias 18 e 19 de agosto, Com transmissão gratuita pelo Youtube do Sindessec
www.youtube.com/channel/UCYnguBbq-spzz0NxxDRrpWA/about
Inscrições gratuitas pelo site: http://seminariofuturodasaude.com.br/