Entidades lançam carta aberta às autoridades alertando sobre os perigos do mercado de bebidas ilegais no Brasil
Reforma tributária traz oportunidade para corrigir assimetrias, desestimular o consumo de produtos ilegais e ampliar arrecadação do governo, afirmam representantes do mercado
O Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e o Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil divulgaram uma carta aberta às autoridades e à população em geral para mostrar os impactos negativos do mercado de bebidas ilegais, alertando sobre a necessidade de debater medidas para combater o avanço do comércio ilícito e a consequente perda na arrecadação de impostos.
Segundo estudo lançado este mês pela consultoria Euromonitor, os destilados ilícitos já correspondem a 37,9% do volume comercializado no Brasil. São mais de 130,7 milhões de litros ilegais que circulam anualmente no país. Custando até 70% menos, eles colocam a saúde da população em perigo e ainda drenam os cofres públicos. De acordo com a consultoria, só em 2017 o governo deixou de arrecadar R$5,5 bilhões por conta do mercado ilegal e o setor teme que esse montante seja ainda maior em 2020.
Os autores da carta destacam que o mercado ilegal ceifa empregos, investimentos, receita da indústria legítima e prejudica o bem-estar da população com a evasão de impostos. Eles dizem encontrar na Reforma Tributária “uma oportunidade única para barrar o avanço do mercado ilegal e frear o crime, retomando o crescimento e protegendo as pessoas”.
Confira, abaixo, link de acesso à carta na íntegra.