Especialistas fazem alerta sobre os danos causados pelo tabaco no Dia Nacional de Combate ao Fumo

Especialistas fazem alerta sobre os danos causados pelo tabaco no Dia Nacional de Combate ao Fumo

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 8 milhões de pessoas morrem ao ano por conta do cigarro  

Hoje (29) é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Os males causados pelo consumo do tabaco são muitos, como diversos tipos de câncer, infarto, AVC, impotência sexual, DPOC (Doença Pulmonar Crônica), entre outros. É preciso lembrar que o uso de cigarro eletrônico, também conhecido como Vape, pode ser tão prejudicial quanto o cigarro tradicional.    

A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto do produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é resultado de não-fumantes expostos ao fumo de forma passiva.    

Daniel Messias Martins Alves Neiva, pneumologista e professor da faculdade de Medicina Estácio, que é vinculada ao Instituto de Educação Médica (Idomed), explica que o tabagismo é uma doença crônica não transmissível, causada pela dependência do usuário à nicotina presente nos cigarros. “Essa dependência integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou de neurodesenvolvimento e o tratamento varia de acordo com o perfil de cada paciente. Entretanto, ter conhecimento sobre os danos causados à saúde pelo uso do tabaco não basta. É preciso consciência de que o tabagismo se trata de uma doença e que é necessário investir em tratamento adequado, que muitas vezes, é multidisciplinar”, explica.    

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece aos tabagistas, através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), acompanhamento e tratamento para a dependência. Por meio do programa, diversas ações são geradas para reduzir a aceitação social do tabagismo.    

Tratamentos    
Vale destacar que existem dois tratamentos disponíveis: os medicamentosos, que ocorrem através da reposição de nicotina (por adesivo transdérmico ou goma de mascar) e da utilização do cloridrato de bupropiona. Já os não medicamentosos são focados no comportamento, condicionamento e promoção da saúde.    

É importante que o tabagista procure ajuda médica, pois, com ajuda profissional, as chances de recaída e abstinência são menores. Saulo Batista é docente do curso de psicologia da Estácio e afirma que, atualmente, há terapias baseadas em pesquisas científicas muito eficazes no combate ao tabagismo. Contudo, é preciso muita dedicação e persistência por parte de quem procura o tratamento.    

“O suporte que o tratamento psicológico oferece é fundamental. Muitas vezes, o paciente não se considera viciado em nicotina e sente vergonha de expressar essa dependência. É um trabalho em conjunto, que exige tempo, autoconhecimento, autocontrole e apoio da família e amigos”, encerra o professor.

Suyane Costa