Festival Sete Sóis Sete Luas recebe workshop da ceramista internacional Mávy Koffler
Começou nesta segunda (14) e segue até o dia 31 deste mês o workshop de luteria com uma das mais renomadas ceramista do mundo, a paulista Mávy Koffler
Mávy é formadaem Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, 1979. Começou a se encantar com a cerâmica quando viveu no Peru, em 1986. Desde então mergulhou na prática dessa arte. Sua mudança para São Paulo, onde fica seu ateliê, permitiu o aprimoramento profissional da técnica. Seu trabalho se destaca pela paixão e estudo dos povos ancestrais nas Américas, representando-os em suas obras.
A formação está acontecendo na Sede Mãe da Tapera das Artes, no distrito de Tapera (Rua Raimundo Lopes de Queiroz, S/N), das 08h às 11h e 14h às 17h, com alunos da instituição e mulheres artesãs ou que se identificam com trabalhos manuais.
Esta ação faz parte dos laboratórios musicais e de luteria conduzidos por grandes mestres, sob a curadoria do Mestre Fernando Sardo, onde já passaram nomes como Di Freitas (CE), Vanildo Franco (CE), Fernando França (CE), Francisco Toicinho (SP), Tércio Araripe (CE) e Igor Bastos (BA). Toda a programação de luteria tem a curadoria do Mestre Fernando Sardo (SP).
O Festival amplia o intercâmbio e a difusão da arte em Aquiraz. O município representa o Brasil na Rede Internacional Cultural, criada por José Saramago, composta por 40 cidades de 11 países, que vem realizando diversos projetos com gestores, produtores e articuladores das comunidades do mundo luso mediterrâneo.
O evento é uma realização do Centro de Pesquisa e Difusão da Arte – Imaginário, com patrocínio da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (Secult-CE) e apoio da Enel Ceará, com co-realização da Tapera das Artes e da Secretaria da Cultura da Prefeitura de Aquiraz.
Mávy Koffler: A Artista por Ela Mesma
Escolhi a Cerâmica como mais uma forma de expressão artística desde minha estada no Peru, entre 1986 e 1991. Já havia tido contato com esta Arte e com a Escultura, mas, neste período, a Cerâmica começou a me encantar pela sua história, seus mistérios e suas possibilidades. Desde então iniciei minha caminhada de intenso mergulho na práxis e na criação cerâmica. Em paralelo à criação escultórica, trabalho com design em cerâmica, aplicando a riqueza destas técnicas na criação de objetos e no desenho de joias.
Neste trabalho homenageio os povos que antecederam a presença europeia nas Américas. Surgem releituras das mais variadas culturas pré-hispânicas que, por sua vez, ganham vida no mundo moderno.
Tento, então, realizar uma união entre os ecos de um passado distante e um fazer atual e sempre renovado. Em cada Obra de Arte sonhada, realizada, conquistada, mais uma etapa é vencida rumo à abertura de novas portas para novas criações e, igualmente, novas reflexões.
Histórico do Projeto no Ceará
O projeto resulta, artisticamente, na troca de saberes e conhecimento estético, na democratização do acesso às diferentes camadas da população; na difusão da cultura de diferentes povos e regiões, proporcionando para as crianças e adolescentes de projetos sociais convidados Oficinas Formativas Internacionais de Música e Artes Plásticas, o que é chamado de Eclipse Criativo.
A permanência do Estado do Ceará nessa Rede de Festivais, promovido pelo Centro de Pesquisa e Difusão da Arte – Imaginário, em parceria com a Tapera das Artes, estabelece significativos avanços no diálogo internacional para nosso país, através da difusão e promoção do Ceará em outros países, expondo a abertura para investimentos na área Cultural.
Em cada ano, a realização do Festival no Ceará, materializou o sentido de “pertencimento” da comunidade e o valor representativo do estado em escala nacional e internacional. Foram ações contínuas planejadas para benefício da cidade, em conexão com as diretrizes universais, que fazem desse intercâmbio um fortalecimento de identidades e propagação de ações culturais com grande participação de todos.
Vários artistas cearenses como Vando Figueiredo, Zediolavo, Dornelles, Marjorie, Carlos Macedo, Weaver Lima, Claudio Cesar, Sergio Heller e Lorena Nunes vivenciaram novos mercados culturais e exportaram seus trabalhos para outros países em virtude da Rede Sete Sóis Sete Luas.