Jurados analisam soluções do Hack pela Gastronomia e resultado sai segunda (21)

Jurados analisam soluções do Hack pela Gastronomia e resultado sai segunda (21)

Maratona de inovação para restaurantes reuniu 350 pessoas de todo o Brasil em cinco dias de imersão online

Cerca de 60 profissionais do ecossistema do food service passam o fim de semana debruçados sobre as soluções criadas durante o Hack pela Gastronomia, para escolher as que melhor atenderam aos desafios de reinventar um dos setores mais atingidos pela pandemia da Covid-19. O resultado será conhecido na segunda-feira, 21, às 19h30, durante a live de encerramento, no canal do Bom Gourmet no YouTube, com inscrições aqui. As três melhores ideias serão destacadas e todos os pitches ficarão disponíveis num grande banco aberto para consulta gratuita de toda a sociedade.

As soluções foram criadas durante cinco dias de imersão total em um hackathon 100% online, do qual participaram perto de 350 pessoas de todo o Brasil e até de fora. O trabalho incluiu etapas de ideação, na qual as equipes tiveram chance de alinhar a base da solução a ser criada. Na sequência, começou o processo de prototipagem, o momento de dar cara à ideia. Na validação, os times tiveram que apresentar a solução para receber o feedback do público-alvo. Por fim, elaboraram o pitch para “vender o peixe” para os jurados.

Os jurados têm a tarefa de avaliar não apenas o pitch, com a apresentação do trabalho final das equipes, como também conferir as entregas de cada etapa.

A co-founder da Panic Lobster, Ana Maia, explica que cada um dos 29 projetos que conseguiram fazer todas as entregas vai ser avaliado por no mínimo cinco jurados, que foram divididos conforme a área de atuação nas cinco categorias de projetos do hack: negócios, tecnologia, comunicação, comportamento e espaço.

Entre os critérios elencados pela organização do hackathon estão criatividade e inovação, impacto para o setor, viabilidade, escalabilidade e capacidade de execução e apresentação da solução na etapa do pitch.

Ideias para virar negócios

Entre os jurados, a expectativa para ver o resultado final entregue pelos times é grande. O empresário e chef Beto Madalosso, que auxiliou algumas equipes como mentor, espera ser surpreendido com as propostas. “Quero conhecer algo em que eu ainda não tenha pensado”, diz. Para ele, é importante não desperdiçar a energia empenhada no processo do hackathon. “As ideias têm que ser colocadas em prática e virar negócios, não serem ideias efêmeras, que se percam.”

A coordenadora do curso de gastronomia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carmen Abounihan, acredita que as equipe que pensaram nas origens do setor saíram na frente. “Olhar o ontem é importante para pensar nas novas tendências, ser ecologicamente correto, pensar no sustentável e aplicar isso às tecnologias disponíveis hoje, para fortalecer a acessibilidade”, diz.

“A minha intenção ao me inscrever como mentor era contribuir com minha experiência no setor, mas aprendi muito com o pessoal mais ligado à tecnologia e à inovação. Foi como fazer uma faculdade em cinco dias”, diz o empreendedor Josias Colla Santos, que tem uma larga experiência na cozinha de restaurantes.

Para Josias, ou simplesmente JC, como ficou conhecido na plataforma Discord, o Hack acabou se mostrando um grande quebra-cabeça montado em um processo totalmente colaborativo. “Cada um foi encaixando uma peça a partir do próprio repertório, das experiências e da visão do mercado, numa criação coletiva.”

Jornada transformadora

O cozinheiro e confeiteiro Lucas Abreu, que trabalha com gastronomia social no projeto Mobilização Marginal, definiu o processo de participação em um dos times do hackathon como transformador. “Está sendo tão renovador que consigo analisar meus projetos que não deram certo e o porquê disso e já penso como tirar alguns deles da gaveta, com mais maturidade. Foi minha primeira vez em um hackathon e ganhei uma outra perspectiva de como começar um projeto do zero e como as ideias são estruturadas”, revela.

Ator da cena gastronômica, o carioca acredita que o Hack se desenvolve em um momento crucial, no qual o mercado gastronômico sofre bruscas mudanças, tanto no consumo dos clientes, quanto na estrutura dos restaurantes. “É necessário se adaptar às vendas on-line e ao distanciamento.” Outra preocupação relacionada a essas mudanças está na questão da sustentabilidade, foco do trabalho da equipe Looping, que criou solução de embalagens retornáveis para delivery.

Saiba mais:

https://hackpelagastronomia.com.br/

Inscrições para o webinar de encerramento no link

https://event.webinarjam.com/register/146/3vn94iwn

Suyane Costa