Pesquisa da Fecomércio revela que empresários continuam menos confiantes

Pesquisa da Fecomércio revela que empresários continuam menos confiantes

A baixa expectativa pode ter entre as justificativas a crise sanitária, somada à crise econômica.

A confiança dos empresários do Ceará em relação à economia do País continua caindo. É o que revela a pesquisa Índice de Confiança dos Empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará, realizada no bimestre Mai-Jun/2020, pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio. Segundo o levantamento, o índice veio 75,3 pontos. A pontuação de maio e junho apresentou variação relativa de -13,2% em relação ao bimestre anterior (Mar-Abr), quando o índice foi de 86,7 pontos.

Essa baixa expectativa, de acordo com a pesquisa, pode ter como uma das justificativas a crise sanitária, somado com a crise econômica, o que leva os empresários a ficarem em desconforto quanto aos investimentos dos seus negócios.

Uma prova disso é o recuo do Índice de Investimento das Empresas – IIE com uma variação de -12,7%, passando de 82,9 pontos (Mar-Abr) para 72,4 pontos no bimestre (Mai-Jun). Esse baixo nível de investimento impacta na queda de contratação de mão de obra, bem como na redução de compras junto aos fornecedores, que contribui para a diminuição de estoques, e que se estende para o comprometimento da cadeia produtiva desses produtos.

O Índice de Situação Presente – ISP teve um recuo de -8,0%, saindo de 64,0 pontos no bimestre (Mar/Abr), para 58,8 pontos (Mai/Jun). No  bimestre em análise, 31,0% dos empresários observaram que a economia brasileira, nos últimos doze meses, piorou e muito; já 36,9% do empresariado observou que as condições da economia permaneceram estáveis no período de 12 meses; e 31,5% dos entrevistados informaram que as condições gerais do seu setor de atividade pioraram muito nos últimos seis meses. Quanto às condições gerais da sua empresa nos últimos seis meses, 38,1% alegaram que a situação está delicada com uma piora muito significativa.

O Índice de Situação Futura – ISF também apresentou uma queda de 15,7%. No bimestre (Mar/Abr) era de 106,6 pontos, e no período bimestral em análise (Mai/Jun) ficou em 89,8 pontos. Essa queda teve como contribuição a expectativa dos empresários quanto ao faturamento da empresa em que 32,7% constataram que houve uma queda; bem como um baixo nível de investimento das empresas, resposta de 61,3% dos empresários.  

Mesmo assim, diante desse quadro de incertezas, 49,4% dos empresários têm a expectativa de momentos melhores nos próximos seis meses com relação às suas empresas.

Suyane Costa