Setembro Amarelo: a importância da valorização da vida

Setembro Amarelo: a importância da valorização da vida

“Setembro Amarelo” é o mês temático da manutenção e valorização da vida, no dia 10 (sexta-feira) é comemorado o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. No Ceará, de 2012 até 2017, foram registrados 3.393 óbitos por suicídio. Para ajudar a mudar essa realidade, o Sistema Hapvida elencou sinais de que um amigo ou familiar pode estar precisando de amparo e como as pessoas próximas podem auxiliar.

Para a psicóloga Ivana Teles, é necessário que as doenças emocionais sejam credibilizadas, que a saúde mental, assim como a saúde física, sejam prioridade, desde os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a recuperação.

“Existem alguns sinais que podemos perceber de quando uma pessoa está passando por um quadro intenso de desvalorização da vida: alteração de humor constante, desmotivação, que é quando a pessoa não quer mais fazer atividades que fazia antes, isso inclui também a perda de prazer por coisas que ela gostava, a tristeza profunda, o isolamento e a desregulação de apetite e sono, para mais ou para menos”, pontua.

A especialista aponta que as falas reproduzidas também são sinais fundamentais que precisam de atenção, são afirmações que demonstram que a  vida seria melhor se elas não estivessem na Terra. É preciso atenção nesses momentos, pois são corriqueiramente ignorados pelas pessoas que estão ao redor.

Além dos sinais citados, as fases da vida influenciam diretamente a maneira como cada pessoa demonstra esses sintomas, podendo haver peculiaridades. Na adolescência, por exemplo, esses indícios tendem a ser reproduzidos nas redes sociais, por isso, é fundamental que haja acompanhamento. Já entre os idosos, o fato de se enxergar como um fardo pode ser determinante para desenvolver um processo de desvalorização da vida.

“É necessário também falar sobre o papel dos amigos, família e rede de apoio dessas pessoas, como elas podem ajudar? Primeiro, é importante estar disposto a ouvir, sem pressa, com paciência e isso traz a segunda necessidade: não julgar e acolher”, finaliza.

Suyane Costa