CCBJ realiza Mostra com mais de 60 espetáculos

CCBJ realiza Mostra com mais de 60 espetáculos

O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza de 18 a 21 de dezembro a 3ª Mostra das Artes, com 55 produtos e espetáculos em dança, teatro, música, audiovisual, cultura digital e múltiplas linguagens. Os trabalhos foram produzidos pelas turmas dos cursos básicos, técnico e de extensão do CCBJ.  Toda gratuita, a programação começa todos os dias a partir das 15h na Rua Três Corações, 400, no Bom Jardim. Contará ainda com exposições fotográficas na Granja Lisboa, exibição do filme “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho,  espetáculo “Ainda Vivas” com Nóis de Teatro e shows de Getúlio Abelha, Nazirê, Carlos Gallo e Las Tropicanas.  A festa conta também com a participação dos coletivos Boom Boom Black e Festa Crioula.A programação completa pode ser vista no ccbj.redelivre.org.br, instagram @centroculturalbomjardim e issuu.com/centroculturalbomjardim.


Aniversário

Dentro da programação da Mostra, o CCBJ celebra 13 anos de formação e difusão cultural. Ligado à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) em parceria com Instituto Dragão Do Mar (IDM), o CCBJ é formado por escolas de Dança, Teatro, Música, Audiovisual e Cultura Digital. São cerca de 6 mil alunos por ano, de diversas partes da cidade e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).


Destaques

Quarta (18), 20h – Na abertura da Mostra, será exibido o longa “Bacurau”, de  Kléber Mendonça Filho,  vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes e  de Melhor Filme da Competição Internacional Cinemasters no Festival de Munique. Veja trailer aqui. https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=1DPdE1MBcQc&feature=emb_logo
Quinta (19), 18h – Bate-papo sobre  a cena da produção independente na periferia de Fortaleza, com os coletivos Bonja Roots, Boom Boom Black, Servilost e Natora.
Quinta (19), 17h – Exposição fotgráfica “O Terreiro de São Miguel : A Umbanda e a Construção de um Chão Sagrado de Fé e Vida”. Local: Rua Medelin, 2914, Bairro Granja Portugal
Quinta (19), 20h – Espetáculo teatral “Ainda Vivas” com o grupo Nóis de Teatro.
Sexta (20), 15h –  Mostra Francisco Henrique Castro de Sousa da Escola de Audiovisual do CCBJ, com os curtas: A Deriva, Tudo O Que Incomoda, Uma Razão Para Viver e Tuas Cores.
Sexta (20), 18h – Exposição fotográfica ” A Festa Boiadeiro Raimundo Firmino Do Centro de Umbanda Reis Tupinambá”. Local: Centro de Umbanda Reis Tupinambá. Rua Geraldo Barbosa, 2971.
Sexta (20), 21h – Baile com Boom Boom Black e Festa Crioula.
Sábado (21), 16h – Apresentação dos Laboratórios de Criação do CCBJ com os espetáculos: Filha Minha (teatro),  Nenhuma Espada Corta (dança), As Yabás (música) e Aldeia Cidade (audiovisual).
Sábado (21), 21h – Show com Nazirê, As Tropicanas, Carlos Gallo e Getúlio Abelha.

Getúlio Abelha
O piauiense Getúlio Abelha mora há 8 anos em Fortaleza, mas só há pouco mais de um ano iniciou sua carreira na música a partir do single e clipe  “Laricado”. O sucesso na internet abriu as portas de grandes festivais para Getúlio Abelha com shows apresentados em importantes festivais do país como SIM SP, Rec-Beat, BR 135, Serasgum, Maloca Dragão. Getúlio tem conquistado espaço na crítica e no público nacional, lançando singles e apresentando shows.  O espetáculo Corta Fogo, possui uma narrativa cênica e dançada, misturando referências do forró eletrônico com pop e uma atitude punk. Além de Getúlio o show conta com um baterista, um guitarrista e dois bailarinos que são essenciais para a execução da narrativa do show. Questões atuais, políticas, corpos, gênero e críticas ao conservadorismo estão presentes através da música, dança, cenas, figurinos e audiovisual. 

Nazirê
A Banda Nazirê surgiu em 2013, na região do Cariri cearense, em um movimento de afirmação e resistência do reggae. Unindo o talento de músicos que já se conheciam em outros trabalhos musicais para alcançar o formato atual, três vocais femininos, criando essa particularidade que marca a identidade da banda. A Nazirê propõe no seu projeto composições ideias de amor, resistência e liberdade. Lançaram seu primeiro álbum na Mostra Sesc Cariri de Cultura em novembro de 2018, dando início a tour de lançamento que já chegou a ser apresentada em Fortaleza e em Sousa na Paraíba, este último a convite do Centro Cultural Banco do Nordeste e alguns shows pelo SESC. 

Las Tropicanas
A banda Las Tropicanas surge no pré carnaval de 2016, com uma vontade genuína: bailar! Movidos pelo desejo de um carnaval latino, Lorena Nunes convida Claudio Mendes para uma aventura caliente. Formar uma banda com três vocais femininos, três “morenas tropicanas” para fazer um baile completo e quente. Assim, forma-se o trio com a cantora Di Ferreira e a personagem Pepita York interpretada por Jeff Pereira. Com direção e produção musical do talentoso multi-instrumentista Claudio Mendes, o espetáculo dança por um repertório que foca na música da latina. O baile passeia por clássicos do gênero como a salsa de Célia Cruz e a lambada do Kaoma; adentra o universo do Regaaeton, Rumba, Cumbia com artistas mais contemporâneos como Shakira, Ricky Martin.

Carlos Gallo
Em seu disco “Veterano”, Carlos Gallo traz uma musicalidade nova, um novo ritmo, intitulado de “Beach Beat”, que mistura o trap com o Reggae, além de umas pitadas de funk e dancehall e outras sonoridades que chamam pra dançar, tudo isso unido à um vocal e flow marcantes e letras sóbrias que convidam o ouvinte a pensar, tornando Veterano um dos melhores discos do ano e já é considerado um clássico pelos críticos. Para esse show, Gallo convida alguns parceiros de rimas e amigos para compor o palco. São eles: Jonas de Lima, raper e produtor musical de Veterano, Doiston, o mais novo destaque da cena trap cearense, West Reis, que surge como nova promessa da cena  e El Arish, rapper que tem como base de em suas composições a mistura que compõe o “Beach beat”.

Ainda Vivas 
Conta-se que a melhor forma de travar conhecimento sobre uma cidade é saber como se ama, como se trabalha e como se morre. A partir desse argumento, o Nóis de Teatro reúne no espetáculo “Ainda Vivas” três peças que ligam Mulheres, Negrxs e LGBT+ numa sucessão de jogos sobre amor, trabalho e morte. Numa cidade sonâmbula, pessimista e sem utopia aparente, “Amok”, “Burnout” e “Anamnese” se perguntam se ainda é possível um projeto político emancipatório para nossas vidas. Ao fundar um espaço em praça pública, o espetáculo convoca as pessoas para adentrar no universo de três nós enlaçados de nosso tempo. Nas entre-peças, o microfone estará aberto para as manifestações do público, poetas e artistas da cidade: é aqui o palco para a poesia falar. “Ainda vivas” é, antes de tudo, um espetáculo sobre não morrer.  Ainda Vivas_Luiz Alves (80 of 89).JPG

Suyane Costa