Crianças de férias requerem cuidados extras para evitar traumas ortopédicos

Crianças de férias requerem cuidados extras para evitar traumas ortopédicos

Os traumas mais comuns na criança em ambiente doméstico são as contusões, as entorses e as fraturas. Procurar um pronto-socorro é a indicação para os casos mais sérios

Com a temporada de férias, especialmente nos meses de dezembro e janeiro, as crianças estão por mais tempo em casa, e as brincadeiras  – tanto no ambiente doméstico quanto na área do condomínio, do parquinho etc. – exigem atenção redobrada dos pais. O cuidado é o de evitar quedas e outros traumas ortopédicos nos pequenos. De fato, conforme estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a maioria das fraturas em crianças está relacionada a quedas em ambientes domésticos. Entre as fraturas mais comuns em crianças estão a do antebraço, representando de 40% a 50% de todas as fraturas da infância.

“Nas férias, é bom os pais ficarem atentos às brincadeiras de corrida, de skate, de bicicleta e os banhos de piscina, para as crianças não correrem próximo às bordas. Também evitar escalar os móveis e paredes. Tudo isso pode provocar quedas”, alerta o ortopedista pediátrico Jansen Osterno Vasconcelos, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Seção Ceará (SBOT-CE). “Se for praticar um esporte mais radical, sempre utilizar os equipamentos de proteção e retirar todas as estruturas pontiagudas e pesadas de perto, para que a criança use o espaço amplo e sem irregularidades”, orienta o médico.

Tipos de lesões
O especialista explica que os traumas mais comuns na criança em ambiente doméstico são as contusões, as entorses e as fraturas. “Contusão é quando tem a pancada, que pode ficar roxo, fazer um arranhão, pode inchar um pouco. A entorse é quando a criança vira o pé ou rotaciona uma articulação como o joelho, o cotovelo ou o tornozelo. Ela é um pouco mais intensa do que a contusão, e pode deixar a criança com incapacidade de usar a articulação. E as mais graves são as fraturas, que ocorrem quando a criança quebra o osso. Cada lesão tem um tratamento específico”, explica o ortopedista pediátrico Janssen Osterno Vasconcelos.

Em qualquer caso, os pais devem ficar alertas: qualquer que seja o trauma, é preciso observar o comportamento da criança, e procurar um pronto-socorro é a indicação para os casos mais sérios, ou se houver dúvida sobre a extensão da lesão. “É preciso identificar se foi um trauma de maior ou menor intensidade. Traumas de menor gravidade são quedas da mesma altura ou aquelas em que a criança consegue se defender, que geralmente ocasionam entorses ou contusões. Quedas de alturas maiores, em velocidade ou sem a criança estar preparada, aumentam o risco de fraturas”, alerta Janssen Osterno Vasconcelos. “É preciso observar se há deformidade, inchaço, se o local está roxo ou vermelho, ou se a criança evita usar a articulação ou o membro. Se isso ocorrer, ela deve ser levada imediatamente para o pronto-socorro, para se identificar o que ocorreu e definir o tratamento mais adequado”, reforça o membro da SBOT-CE.

Suyane Costa