Dia Mundial da Saúde: medicina diagnóstica proporciona sobrevida a pessoas com doenças patológicas
“Avanço das análises clínicas e o rigor científico na investigação de doenças com alto grau de mortalidade garantiram melhor qualidade de vida para os pacientes”, explica médico imunologista
No dia 7 de abril é comemorado em todo mundo o Dia Mundial da Saúde, a data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948 e tem como objetivo conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Neste ano, o tema é “Construindo um mundo mais justo e saudável” e vai de encontro com a pandemia do novo coronavírus, que há mais de um ano acomete milhões de pessoas. A luta contra o vírus inclui a medicina diagnóstica, que busca soluções para auxiliar no diagnóstico das diversas patologias e contribuir para o tratamento não só da Covid-19, mas também de diversas doenças que privam as pessoas de bem-estar. Segundo o médico imunologista, Tadeu Sobreira, a patologia clínica disponibiliza recursos laboratoriais e conhecimento médico para a investigação clínica das mais diversas doenças, auxiliando no diagnóstico, na prevenção e tratamento e assim colaborando com a melhor qualidade de vida aos pacientes. “O diagnóstico precoce sempre será a melhor forma de combater as doenças, por criar a possibilidade para o melhor tratamento. Isto é de importância capital quando se trata de doenças com taxas altas de mortalidade. Os avanços tecnológicos e de conhecimento médico que os laboratórios contam hoje são fundamentais na abordagem diagnóstica e terapêutica das diversas patologias”, explica.
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil deverá registrar 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020/2022. Os tipos mais comuns mais comuns em homens são próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,1%) e cavidade oral (5%). Nas mulheres, o câncer de mama lidera (29,7%), seguido por cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,4%), pulmão (5,6%) e tireóide (5,4%). Os números poderiam ser menores, se houvesse investigação precoce nos quadros clínicos. Tadeu explica também que as estratégias para a detecção precoce do câncer tem a participação fundamental do médico que a partir do exame clínico, identificando sinais e sintomas da doença, podem contar com um enorme arsenal de auxílio diagnóstico, como por exemplo os exames de imagem e os de laboratório de Anatomia Patológica e seus novos exames de Imunohistoquímica e de Biologia Molecular que permitem uma melhor caracterização e classificação dos tumores e direcionando a melhor forma de tratamento com as novas drogas antineoplásicas.
Além do diagnóstico precoce, a adoção de um estilo de vida saudável auxilia na prevenção de doenças, como o câncer. Hábitos saudáveis e acesso à medicina preventiva de forma ampla podem auxiliar na queda desses números, garante o imunologista. “A redução de morbidades crônicas, como hipertensão, obesidade, diabetes entre outras é fundamental para uma longevidade saudável. Na atual epidemia a presença dessas comorbidades é fator de extrema preocupação, pois tem relação com um pior prognóstico da doença”, completa o especialista.