Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: Diagnóstico precoce pode evitar agravamento da doença
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Em todo o País, estima-se que cerca de 3% da população tem o Glaucoma, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com projeções realizadas pela instituição, o número de brasileiros afetados pelo problema deve ser de 80 milhões até o fim de 2020. A doença é a segunda causa de cegueira mundial, e mesmo embora os danos sejam irreversíveis, existe tratamento.
O 26 de maio é lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, usado por especialistas e autoridades de saúde para reforçar, sobretudo, a importância do diagnóstico precoce, bem como o hábito de fazer uma consulta com um médico oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. “Muitas pessoas só recorrem ao especialista ocular na fase mais avançada. Por ser uma doença silenciosa, os primeiros sintomas só começam a ser identificados quando, por exemplo, eles começam a ter dificuldade de fazer atividades comuns do dia a dia, como andar ou dirigir”, explica o médico glaucomatólogo da Clínica de Olhos Massilon Vasconcelos, Alexis Galeno.
Histórico de glaucoma na família, raça negra indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem redobrar a atenção e realizar testes de rotina. A doença pode se manifestar de diferentes maneiras: de ângulo aberto (80% dos casos), de ângulo fechado (20% dos casos).
Diagnóstico
O glaucomatólogo explica ainda quais exames são importantes realizar com frequência para se identificar o Glaucoma, seja na fase inicial da doença ou no estágio mais avançado. “O principal deles é o exame de avaliação do nervo óptico, que capta informações do olho e os conduz ao cérebro. Mas para iniciarmos tudo, é preciso que seja medida a pressão do olho, já que está envolvida na fisiopatologia da doença. Outro ponto bastante importante no processo de identificação da doença é a avaliação do campo de visão. Realizando avaliações com frequência é possível também identificar até em que estágio se encontra o Glaucoma”, explica.
Tratamento
Após o diagnóstico, o tratamento recomendado em grande parte dos casos da doença ocorre com o uso de colírios ou laser que controla a pressão ocular do paciente. Outra forma é a cirurgia, sendo este o último recurso, quando o estágio da doença encontra-se muito grave ou quando os colírios não conseguem deixar a pressão em um nível saudável, segundo o especialista.
O uso do colírio precisa ser feito mediante acompanhamento médico, pois caso contrário pode agravar a situação. Uso indiscriminado de medicação com corticóides também, pois aumenta a pressão do olho e causa Glaucoma. “É importante sempre reforçar que essa aplicação deve ser realizada com orientação de um médico, que vai avaliar se a pressão ocular está controlada”, finaliza.