Exposição excessiva às telas de eletrônicos causa fadiga ocular; conheça os sintomas

Exposição excessiva às telas de eletrônicos causa fadiga ocular; conheça os sintomas

Oftalmologista orienta que a cada 20 minutos sejam feitos intervalos de 20 segundos para piscar e captar luz natural.

Sabia que ao ficar a partir de duas horas seguidas olhando para telas brilhantes, como as de computadores, celulares e tablets, você está comprometendo o funcionamento dos seus olhos?  Essa exposição é a causadora de uma sensação constante de cansaço na visão, a fadiga ocular. “Se antes havia uma quebra nessa exposição quando se ia tomar um café, na cozinha da empresa, ou era preciso sair e encarar o trânsito, hoje, passando mais tempo e até trabalhando em casa, devido à pandemia, as pessoas saem do computador e caem em outras telas, como as do celular e da televisão. O que tem levado ao aumento nos casos de fadiga ocular”, pontua a médica oftalmologista Renata Vasconcelos, da Clínica de Olhos Massilon Vasconcelos. 

Renata explica que é preciso ficar atento, pois o indicativo de que há algo errado pode passar despercebido. “A fadiga ocular se manifesta com sinais inespecíficos de sensação de cansaço, uma dificuldade de manter a atividade que se está realizando por muito tempo. Portanto, se você estiver lendo, trabalhando, estudando e sentir a necessidade de fazer um intervalo porque está sentindo um ‘peso’ nos olhos, fique atento, pode ser a fadiga ocular”, explica.

Duas grandes aliadas para evitar o problema são a atenção e a moderação. Primeiro, é preciso estar atento ao tempo que se passa diante das telas e, partir disso, começar a tomar atitudes para passar menos horas seguidas em frente às telas. “Uma medida simples que pode ser tomada é fazer intervalos programados enquanto se estiver trabalhando ou estudando. Você pode fazer uma pausa de 10 a 15 minutos a cada duas horas – ou optar por um intervalo de 20 segundos a cada 20 minutos”, destaca Renata.  A especialista explica que o segundo modelo de pausa é a chamada regra do 20-20-20, que consiste em a cada 20 minutos fazer uma pausa de 20 segundos, piscar e olhar a 20 pés, o que seria equivalente a mais ou menos 6 metros, ou seja, a uma distância longa.

“Essas pausas frequentes ajudam a melhorar a fadiga. Regular os parâmetros das telas, respeitando padrão noturno, quantidade de brilho ou luminosidade também é importante, pois costuma dar mais conforto. A altura também influencia nessa fadiga ocular: “A tela precisa estar na altura dos olhos para a pessoa não ter que olhar nem para cima e nem para baixo durante o uso”, finaliza a oftalmologista.

Suyane Costa