O Céu é o limite: meninas ‘douradas’ da Escola Educar Sesc II na Jornada de Foguetes

O Céu é o limite: meninas ‘douradas’ da Escola Educar Sesc II na Jornada de Foguetes

A prática e a vivência como “combustíveis” para o conhecimento. Este sentimento levou estudantes da Escola Educar Sesc II à conquista de nada menos que 36 medalhas, três delas de ouro, na 4ª Jornada Cearense de Foguetes (JCF). O evento de divulgação científica e tecnológica ocorreu no dia 20 de maio, na Base Aérea de Fortaleza com alunos do Ensino Fundamental 2 e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de Fortaleza. Com a vitória, adolescentes da instituição, além da sensação única de realização, puderam exercer uma nova e estimulante perspectiva de aprendizado.

O evento é organizado pela Seara da Ciência da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o 14º Grupo de Escoteiros do Ar Brigadeiro Eduardo Gomes (14° GEABEG), tendo como objetivo estimular o estudo de Astronáutica entre alunos. Nele, jovens aprendem a projetar “foguetes” a partir de materiais recicláveis, como garrafa PET, buscando obter o maior alcance possível numa disputa entre equipes. 

No campo de lançamento, a Educar Sesc II foi destaque entre as mais de 60 equipes de diferentes instituições de ensino de Fortaleza e do interior do Estado. Ao todo, 12 times da escola participaram nos níveis 3 e 4 de avaliação. “A competição foi muito boa. A Escola Educar Sesc conseguiu conquistar, dentre todas as participantes, o maior número de medalhas e o maior número de equipes medalhistas do evento”, informa Luan Ângelo, professor de Física e coordenador das Olimpíadas na Escola Educar Sesc II.

Para o educador, chama a atenção o engajamento desses meninos e meninas em disciplinas que, ao saírem do âmbito da mera teoria – e suas explicações não raro entediantes -, experimentam uma verdadeira revolução. “Eles acham interessante porque é uma atividade ‘maker’, mão na massa mesmo, não tem prova. Usam os conhecimentos adquiridos em sala de aula, como em Física e Química, para construir. Serram cano e madeira, utilizam furadeira e várias outras ferramentas para otimizar os lançamentos. E isso transforma o aprendizado: fica divertido, dinâmico, lúdico, prático, experimental. Tudo em campo, onde eles podem fazer testes e suposições de como melhorar. E isso faz com que pesquisem bastante e se engajem nas atividades”, aponta.

Já segundo Wládia Medeiros, consultora de Programação Social na Gerência de Educação do Sesc Ceará, os resultados alcançados na 4ª Jornada Cearense de Foguetes representam uma consolidação de um trabalho pautado no compromisso com uma educação de qualidade e no desenvolvimento do protagonismo juvenil. “Investir em olimpíadas científicas é oportunizar uma cultura de melhoria contínua na escola. Aqui o ganho não é somente para o estudante, mas também para o professor, que aprimora seus conhecimentos e torna suas aulas mais atrativas. Na Educar Sesc, acreditamos e investimos no potencial das alunas e dos alunos, fazendo com que busquem vencer as barreiras e adquiram novos conhecimentos”, analisa ela.

SAIBA MAIS
Enquanto alunos do Nível 3 (6º ao  9º ano do Ensino Fundamental) utilizam apenas água e ar comprimido, o de Nível 4 (Ensino Médio) ocorre com uma reação química (acetato acídico com bicarbonato de sódio) para pressurizar os foguetes e lançá-los, utilizando conhecimentos de Física e de Química. 

Suyane Costa