Para a saúde dos ossos, mulheres devem tomar cuidado com os saltos altos

A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Christine Muniz, orienta que o uso deve ser reduzido e as mulheres devem dar preferência aos saltos mais baixos

Os sapatos de salto alto são ítens que não faltam no guarda-roupa da maioria das mulheres. Considerados acessórios de elegância, poder e beleza, a ortopedista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Christine Muniz, alerta que eles devem ser usados com cautela visando, sobretudo, a sua saúde óssea.

“Os saltos altos são desafiadores principalmente para as articulações do pé e dos tornozelos”, disse. Ao usar salto, pontos dos pés são sobrecarregados principalmente quando o salto é maior. Segundo a ortopedista, o uso frequente aumenta o risco de hallux valgus, um tipo de joanete. “Essa patologia é mais comum nas mulheres e se caracteriza por uma saliência óssea no dedo do pé que pode causar dor principalmente ao usar calçado inadequado e ao caminhar”, explica.

Outro risco inerente ao uso constante de saltos altos é o risco de entorse no tornozelo, devido ao desequilíbrio causado na distribuição do peso, o que, de acordo com a Dra. Christine Muniz, pode aumentar ao longo dos anos o risco de artrose nos pés, manifestada quando há um desgaste na cartilagem do corpo. Ela orienta, então, que as mulheres devem dar preferência para saltos pequenos. “Saltos com dois ou três centímetros é o ideal”. 

Ela também indica a escolha de sapatos com solado macio e evitar o uso dos saltos mais altos por tempo prolongado. “O ideal é deixar para ocasiões especiais e não usar na prática diária. Mas, se precisar usar diariamente, usar palmilhas ortopédicas e optar por modelos com saltos de base larga, como os do tipo anabela, no intuito de oferecer maior apoio na região do calcanhar”, finaliza.