Professor da Unifametro explica quais os conhecimentos e habilidades que serão exigidos pelo mercado no pós-pandemia
É comum ouvir que neste pós-pandemia viveremos um “novo normal”, com um novo funcionamento do sistema econômico e produtivo e também um novo modo de se relacionar. Seria este “novo normal”, porém, uma mudança totalmente disruptiva ou uma aceleração de transformações que já estavam ocorrendo? Independentemente da resposta a este questionamento, deve-se ressaltar que mudanças também se verificam nas competências demandadas pelo mundo do trabalho. Por isso, o coordenador do curso de Administração da Unifametro, Adalberto Magalhães, traz algumas dicas sobre os conhecimentos, habilidades e atitudes que serão exigidos pelo mercado no pós-pandemia.
Com as mudanças que se intensificaram durante a pandemia – home office e ensino EAD, por exemplo – as chamadas soft skills, habilidades relacionadas à inteligência emocional e relacionamentos interpessoais, passarão a ser ainda mais demandadas.
“Ao se procurar listar conhecimentos, habilidades e atitudes exigidas pelo mercado no pós-pandemia, aquelas relacionadas às competências socioemocionais assumem papel preponderante”, revela o coordenador do curso de Administração da Unifametro.
Em um mundo organizacional baseado no trabalho remoto, destacam-se os profissionais capazes de se autogerir, ou seja, aqueles que planejam e organizam seu trabalho e tem disciplina para estabelecer uma rotina de trabalho, independentemente da presença física de um superior hierárquico. “Lembrando que esses profissionais não apenas cumprem suas obrigações, mas agregam valor, conciliando obrigações profissionais e tempo de lazer, tendo foco em resultados e assumindo a responsabilidade pelo trabalho”, afirma Adalberto Magalhães.
A resiliência também se configura como outra característica fundamental para os profissionais. Estar aberto ao novo, ser proativo e gerar mudanças nas organizações. Outra característica que deve ser mais valorizada no pós-pandemia é a ação empreendedora, vista em profissionais que resolvem problemas reais e tornam a organização mais eficiente.
“Não haverá mais espaço para aqueles profissionais passivos ou reativos. É necessário assumir o protagonismo e ter iniciativa, mas trabalhando em equipe e de forma engajada. O individualismo não tem mais espaço nas organizações”, revela o coordenador.
É imprescindível, ainda, o domínio de ferramentas tecnológicas, que tornam o trabalho mais eficiente e a comunicação mais ágil. É preciso ressaltar, ainda, que não são apenas os profissionais que devem se adaptar ao “novo normal”, mas as organizações também. “Não há como se exigir autogestão, engajamento, criatividade e inovação dos colaboradores sem uma cultura que apoie e incentive esse comportamento desejado”, conclui Adalberto Magalhães.