Espetáculo Ocara encerra temporada no Teatro Dragão do Mar na próxima quinta-feira (28)

A temporada do espetáculo cênico Ocara, encenado pela Cia. Déborah Santos, encerra sua temporada de apresentações no programa Quinta com Dança, na próxima quinta-feira (28), às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (Inteira) e R$ 10,00 (Meia), também disponíveis na plataforma Sympla.  Acessibilidade em libras.

SINOPSE – Praça de si, de nós. Tempo que voa, se transforma. A corpa-objeto como meio. Muitas casas abertas. Agir-memória. Tudo posto. Balanço e caminho. A ancestralidade é o respiro que se habita. Em cantos e encantos. A voz que ecoa em trânsito. A imagem que se vê, fala de ti. Nada como tua cabeça. Vestir-se de si. Um ressoar de memórias.

Dirigido e criado pela coreógrafa Déborah Santos, a montagem do espetáculo Ocara, é resultado de processos de pesquisas iniciados no ano de 2019. Reúne investigações poéticas que partem do eixo corpo, memória e ancestralidade, envolvendo uma costura entre narrativas e objetos afetivos de cada intérprete-criadora envolvida no processo. Com uma sonoplastia ao vivo, tem-se uma experiência cênica que articula dança, música e audiovisual.

O percurso da Cia Déborah Santos tem um ponto de partida da  numeração 216, número de uma casa localizada no bairro Barroso, periferia da cidade de Fortaleza. Trata-se da casa da família da diretora, Déborah Santos, onde ocorreram as primeiras inserções de pesquisa, ao mesmo tempo em que se demarca o surgimento da companhia. A casa é um espaço simbólico onde residem narrativas de luta, marcas de muitas gerações que ecoam na materialidade da casa. O primeiro produto dessas primeiras inserções foi o 216 – Videodança, no ano de 2019. Com o “216 – videodança”, a companhia já participou, em 2021, do CUIA – Mostra de Artes Cênicas (CE) e da Mostra MOVE Concreto – Mulheres e Videodança (MG) nos anos de 2021 e 2023. Em 2020, passa a existir um envolvimento das narrativas ancestrais das intérpretes-criadoras integrantes da companhia. Entra em cena questões sobre que maneiras e quais possibilidades emergem ao se considerar que objetos, em suas materialidades e camadas históricas, proporcionam conexões e pistas estéticas para serem explorados com o corpo. Leva-se em conta um estado de encantamento que os objetos e suas histórias afetivas possuem, um encantamento como função da ancestralidade. Culmina-se na produção do trabalho Memoração. Com as investigações em curso, reunindo materiais, narrativas, memórias, mas também pesquisando e articulando referências, a companhia foi encontrando uma série de rastros que iriam compor o espetáculo Ocara no futuro. A montagem cênica estava em curso, mas havia espaço para registrar os vários rastros que compõem a montagem. Foi, com isso, que a companhia entrou em um processo de estruturação de um roteiro para um documentário em Dança chamado 216 – Rastros Poéticos. O documentário foi premiado como Melhor Documentário Nacional no Festival Itinerante de Dança e Vídeo (D’Olhar) em 2022. Nele, faz-se emergir as poéticas existentes nos rastros que o percurso de pesquisa da companhia vinha desenvolvendo, seus ruídos, suas costuras, suas imagens, sobretudo, seus ecos. A compreensão de ecos de memórias, dessa motricidade existente na memória, é uma inquietação que a companhia compartilha com a oficina “Ecos de memórias: vestígios de danças ainda por serem inventadas” . Todos estão disponíveis no canal do Youtube de Déborah Santos.

Serviço:
Quinta com DançaEspetáculo Ocara – Cia Déborah Santos
Teatro Dragão do Mar (R. Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema)
Dia 28 de setembro, às 20h
Ingressos:  R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia)
Online no  Sympla – bileto.sympla.com.br
Classificação: Livre

*Lista TRANSFREE: Reserva de gratuidades (limitadas) para pessoas trans e/ou nb. Entrar em contato pelo PV. @ciadeborahsantos